Nutricionista Juliana – Nutrição Clínica, Funcional e Dietética

Quando você passa uma noite mal dormida, não é apenas o cansaço, que aparece no dia seguinte, sua fome se torna, praticamente, incontrolável. Isso acontece ,porque, o sono inadequado bagunça completamente, seus hormônios da saciedade. Durante a noite, seu corpo deveria produzir leptina, o hormônio que sinaliza “estou satisfeito, pare de comer”. Ao mesmo tempo, os níveis de grelina, conhecida como o “hormônio da fome”, deveriam estar baixos. Porém, quando você dorme menos de 7 horas, esse sistema vira de cabeça para baixo, a leptina despenca, enquanto, a grelina dispara até 15% acima do normal. O resultado? Você acorda com uma fome desproporcional, especialmente, por alimentos calóricos, gordurosos e açucarados. Seu cérebro literalmente, pede carboidratos refinados, como fonte rápida de energia, para compensar a privação de sono.

O impacto vai além dos hormônios. A privação de sono compromete seriamente o funcionamento do córtex pré-frontal, a região cerebral responsável pelo autocontrole e tomada de decisões racionais. Simultaneamente, o sistema límbico, a parte primitiva do cérebro, que responde a recompensas imediatas , fica hiperativado. Isso explica por que, depois de uma noite mal dormida, você passa em frente à padaria e não consegue resistir àquele pão de queijo, mesmo sabendo que acabou de tomar café da manhã. Estudos mostram, que pessoas privadas de sono, consomem em média 300 a 500 calorias extras por dia, principalmente, vindas de lanches noturnos e alimentos ultraprocessados. Além disso, dormir mal aumenta os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, que estimula o acúmulo de gordura abdominal e intensifica ainda mais a vontade de comer , por conforto emocional.

A conexão sono-alimentação cria um ciclo perigoso para sua saúde metabólica. Quando você dorme pouco, come mais e pior; quando come mal, a qualidade do sono piora ainda mais. Esse padrão repetido aumenta drasticamente o risco de resistência à insulina, ganho de peso, síndrome metabólica e até mesmo diabetes tipo 2. A boa notícia é que priorizar 7 a 9 horas de sono de qualidade pode ser uma das estratégias nutricionais mais poderosas que existem – mesmo sem mudar nada na dieta inicialmente. Estabelecer uma rotina de sono consistente, evitar telas antes de dormir, criar um ambiente escuro e fresco, e jantar pelo menos 2-3 horas antes de deitar são medidas que regulam naturalmente seus hormônios e reduzem a compulsão alimentar.

Qual é a qualidade do seu sono ? Dormem bem ?

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