Se você já travou batalhas na hora das refeições, porque seu filho não quer comer legumes e verduras, saiba que você não está sozinha (o). A recusa de vegetais é uma das queixas mais comuns no consultório, de nutrição infantil, mas tenho uma boa notícia, é totalmente possível reverter essa situação, sem estresse.
Por que as crianças rejeitam vegetais?
A neofobia alimentar, é o medo de experimentar novos alimentos, é uma fase natural do desenvolvimento infantil, especialmente entre 2 e 6 anos. Além disso, as crianças têm papilas gustativas mais sensíveis, ao sabor amargo, presente em muitos vegetais. Entender isso é o primeiro passo. para criar estratégias inteligentes.
Estratégias práticas e eficazes
1. Apresente sem pressão:
Ofereça o mesmo vegetal de 7 vezes, em preparações diferentes. A aceitação raramente acontece, na primeira tentativa. Sirva pequenas porções, ao lado dos alimentos, que a criança já gosta, sem forçar o consumo.
2. Seja o exemplo:
Crianças aprendem por imitação. Se você come vegetais com naturalidade e prazer, está ensinando pelo exemplo, a forma mais poderosa, de educação alimentar.
3. Envolva as crianças no preparo:
Levar a criança à feira, deixá-la lavar os legumes, ou, montar a própria salada, cria conexão emocional com o alimento. O que elas ajudam a preparar, comem com mais interesse.
4. Capriche na apresentação:
Use o lúdico a seu favor: monte carinhas no prato, faça espetinhos coloridos, corte em formatos divertidos. A alimentação infantil ,também entra pelos olhos.
5. Varie as preparações:
Um brócolis cozido, pode ser rejeitado, mas assado no forno, com um fio de azeite e temperinhos naturais, podem ser surpreender. Experimente purês, sopas cremosas, suflês, panquecas com vegetais ralados.
6. Evite recompensas:
Frases como, “se comer a salada, ganha sobremesa”, criam uma hierarquia, onde o vegetal é o vilão e o doce é o prêmio. Trate todos os alimentos, com a mesma naturalidade.
O que NÃO fazer ?
– Não force ,ou, insista demais, isso aumenta a aversão
– Não use vegetais como castigo ,ou, barganha
– Não desista nas primeiras recusas
– Não compare com outras crianças
A paciência é sua maior aliada!
Lembre-se: formar hábitos alimentares saudáveis, é um processo gradual. Cada pequena vitória, uma mordida curiosa, um cheiro investigativo, um “não está tão ruim assim”, merece ser celebrada. O objetivo não é criar uma criança, que ama todos os vegetais ,imediatamente, mas desenvolver uma relação positiva e sem traumas, com a comida.
A introdução alimentar e a construção de um paladar diversificado, são jornadas que exigem consistência, criatividade e, principalmente, respeito ao tempo da criança.
E você, qual estratégia tem funcionado melhor, na sua casa, para incentivar o consumo de vegetais?